APRESENTAÇÃO




O tema central posto na pauta de discussão do II Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso – CONLID, realizado entre os dias 1 e 2 de dezembro, na cidade de Mossoró/RN, intitula estes anais ora publicados. Linguagem, Sujeito e Sociedade. Os três termos, como que palavras-chaves assinalam a dorsal do que aqui encontrará o leitor. Os textos reunidos nesta edição dão contas da pluralidade de vozes que congressaram os dois dias de evento e, decerto, sem elas não se haveria aquilo que chamamos por colóquio, uma vez entendermos que a comunicação somente se efetiva pela presença de pelo menos duas pessoas verbais. O que notará o leitor desses textos é não foram apenas duas as pessoas que estiveram a debater linguagens, sujeitos e sociedades, mas foi um grande grupo já consolidado a reunir-se bienalmente no intuito de compartilhar diálogos sobre o que andam pensando e produzindo no âmbito de suas academias – sejam professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação.

Idealizado em 2008 pelo Grupo de Estudos do Discurso da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (GEDUERN), os trabalhos aqui reunidos dão contas de que aquele evento que já havia sido um importante congresso na área para o estado aponta agora para sua completa atividade. E, por razões várias. O evento de 2011, teve sua estrutura remoldada e correu de maneira mais enxuta que a primeira edição. Mas, engana-se quem pensar que essa remoldagem ou enxugamento da estrutura tenha reduzido a dimensão do evento. Como disse o evento já se consolidou entre os eventos nacionais. E o resultado é que a estrutura de 2011 foi pensada na obtenção de qualidade em detrimento da quantidade. E deu certo.

Agora, os anais aqui publicados, querem também se firmar como uma voz ao alcance das vozes que não puderam está presente nos dois dias de debates. Querem também se mostrar como uma produção de extenso valor acadêmico importante não apenas como registro dos ditos, mas, sobretudo, como fonte de consulta, leitura, debate e discussões para além do evento CONLID e para além das compilações aqui reunidas.

A pluralidade de questões aqui reunidas deu somente um trabalho, o de organizar de maneira eficaz essas vozes. Mas, no fim de tudo, perceberá o leitor que, o arremedo aqui ensaiado talvez não tenha dado certo. Isso é característica de um evento que não prima pelo fechamento de fronteiras porque tem a concepção de que o conhecimento abrange tantas quantas forem necessárias as áreas afins, constituindo inteiramente, o sentido que aponta o termo interdisciplinaridade. Pode parecer aos olhos racionais e enviesados pela forma que o diálogo aqui se disperse. Engana-se novamente. A dissonância aparente nos tons só tende a ampliar os ângulos de visão em torno da questão central a que se propõe o CONLID. Basta, que se diga isso, e isso seja notado no correr dos trabalhos para que caia quaisquer dúvidas sobre a coesão ou mesmo a identidade do evento.

Diante disso, só nos resta, convidá-lo a conhecer a publicação e, evidente, a sua leitura.



Francisco Paulo da Silva
Pedro Fernandes de O. Neto
(Organizadores)